Sabemos que os sobrenomes são marcadores culturais de ancestralidade altamente diversificados nas populações humanas. Logo, quando pensamos sobre o nosso passado, as questões sobre nossa genealogia, nossa origem e de qual país do mundo pertencemos surgem à mente.
Como uma forma de descobrir como se deu a formação e a história de seus ancestrais, pelo sobrenome, a maneira inicial e mais simples de conseguirmos essas informações é através de conversas com nossos familiares. Porém, as principais e mais eficientes formas são sites de buscas de sobrenomes e testes genéticos de ancestralidade.
Com o crescente aumento do interesse por estas questões, atualmente existe uma gama de sites especializados que podem te ajudar nessas buscas. Uma delas é a plataforma Sobre nomes, sobre a qual já comentamos em edições passadas do blog.

Ligação entre o sobrenome e a genética

Os seres humanos possuem 22 pares de cromossomos autossômicos e 1 par de cromossomos sexuais (X e Y, neste último caso, a presença depende do sexo biológico do indivíduo), totalizando 46 cromossomos. Metade do DNA é proveniente da mãe e a outra metade do pai, ou seja, 50% de cada. Da mesma forma que herdamos o material genético dos nossos pais, os sobrenomes também passam dos pais para todos os filhos, de geração em geração.
Em teoria, homens que compartilham o mesmo sobrenome também devem compartilhar cromossomos Y idênticos ou muito parecidos (o cromossomo Y passa somente de pai para filho, da mesma geração). Um estudo realizado na Espanha, em 2015, identificou que a correlação entre o tipo de cromossomo Y e o sobrenome, como um todo, compartilha altos níveis de coancestria quando os sobrenomes não são frequentemente encontrados.

A história da sua origem através do tempo.

A descoberta da origem do sobrenome permite desemaranhar e elucidar questões de uma família, além de obter informações sobre eventos familiares históricos. Com a combinação de testes genéticos de ancestralidade e pesquisas em plataformas de sobrenomes, cada vez mais informações podem ser obtidas. E foi desta maneira que Luma Tobias de Castro contou sua experiência positiva com a Genera. Ela contou que, segundo a plataforma, seu sobrenome teria origem na Península Ibérica, e foi justamente o local onde a sua ancestralidade prevaleceu. Luma faz parte dos 87,5% de brasileiros que possuem sobrenome de origem Ibérica, segundo pesquisa divulgada pelo Rais, em 2016.
Marcelo Carlos de Albuquerque também falou sobre sua experiência com o teste de ancestralidade da Genera. A origem e as porcentagens apresentadas no resultado bateram com seu sobrenome e, segundo ele, fizeram todo o sentido: Cavalcanti, de origem italiana, se apresentava com 25% de prevalência e os outros, de origem Ibérica, como Tenório e Albuquerque, totalizaram 12%. As demais porcentagens reveladas ainda eram africanas e indígenas, comprovando a origem do mesmo e toda a história que ele sabe sobre a formação e origem da sua família, fato que o deixou muito satisfeito.
A pesquisa pelo sobrenome em plataformas e a realização de testes genéticos de ancestralidade, de forma conjunta, são maneiras didáticas e eficientes de elucidação sobre a origem dos ancestrais e contribuem para um entendimento e autoconhecimento acerca de suas origens.
Se você ficou interessado(a) e deseja saber mais sobre como funcionam os testes de Ancestralidade da Genera, acesse nossa página que estaremos prontos para te ajudar a descobrir um pouco mais sobre a sua história.

Referências

GYMREK, Melissa et al. Identifying Personal Genomes by Surname Inference. Science, 18;339(6117):321-4, jan. 2013. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/23329047/ Acessado em 24 de junho de 2020.
KING, Turi; JOBLING, A. Mark. What’s in a Name? Y Chromosomes, Surnames and the Genetic Genealogy Revolution. Trends Genet. 25(8):351-60. 07 aug. 2009. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/19665817/ Acessado em 24 de junho de 2020.
KING, Turi et al. Genetic Signatures of Coancestry Within Surnames. Curr Biol, 16(4):384-8. Feb 21. 2006. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/16488872/ Acessado em 24 de junho de 2020.
MONASTEIRO, Leonardo. Sobrenomes e ancestralidade no Brasil. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – ipea RJ setembro 2016. https://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/TDs/td_2229.pdf Acessado em 24 de junho de 2020.
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